sexta-feira, 25 de julho de 2014

O GUIA PRECISA SEMPRE FALAR?

É muito comum nos médiuns iniciantes (e às vezes em juramentados!!!) imaginar que o Guia sempre tem que falar alguma coisa para um consulente, ou mesmo que tenha que dizer algo para alguém toda vez que esta em terra.

Este equivoco provoca em muitos casos (e não por maldade) o ”trepar na cabeça”, dando assim margem a mensagens distorcidas ou sem nexo.

Todo médium deveria entender que, não se faz necessário provar sua mediunidade tentando sempre falar algo ao consulente, alias, não há nenhuma necessidade de se provar nada em um terreiro, deve-se sim é agir com lisura e tranqüilidade mediante aos trabalhos simples de congá.
É preciso entender que muitas vezes o Guia não tem nada para dizer sobre ou para aquela pessoa, e ha casos em que o consulente não pergunta absolutamente nada, e ai entra a tal “Necessidade” do “Guia ter que falar alguma coisa”! Ai começa a “marcação de Ekê” e pode o médium se expor ao ridículo e o que é pior comprometer um bom Terreiro e aos seus próprios Guias.

Certa vez fui a convite de um Zelador amigo conhecer sua casa. Mas por motivos profissionais cheguei com a gira (de EXU) já começada, por isso não fui apresentado de imediato.

Sentei-me na assistência e aproveitando o fato dos Exus estarem dando passe e consulta, eu me dirigi a um médium que se identificou como Zé Pelintra e eu pensei comigo: “sempre seu Zé! Meu grande amigo...”, ia tudo muito bem, até!!!! O se “Zé pelintra” me dizer: “Filho você precisa colocar roupa Branca, pois sua coroa é muito bonita e seus guias precisam trabalhar”...... Deu vontade de dizer que eu já fazia isso a mais anos do que ele de vida ( o médium), mas respirei fundo e agradeci ao seu Zé Pelintra(pois sei que sempre existe um Guia junto ao filho, mesmo este “trepando cabeça”).

Após o termino da gira, o Zelador amigo como é de praxe, me apresentou a todos lá a frente da nave, anunciando-me como Dirigente do T.U.E.V.; inevitavelmente meus olhos procuraram o Rapaz médium de seu Zé. Ele então baixou a cabeça hiper envergonhado, pois meu olhar disse tudo. Espero que ele tenha tido isso como boa lição e tenha corrigido seu erro.

Por isso digo a quem assim esteja procedendo consciente ou “inconscientemente”, reveja seus conceito no que seja mediunidade na Umbanda e saravá. Mauro Simões


Obs: Obviamente levei em OFF ao Zelador da casa para que ele saiba o que esta acontecendo e tomar devidas correções. 

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O Fabuloso Poder das ERVAS

Sempre se ouviu as maravilhas que as ervas podem fazer ou também os malefícios que podem causar, mostrando assim os seus fabulosos poderes sobre nós.

Mas como isso se dá nas ervas?
Em primeiro lugar, este texto não será achado em livros e nem existe bibliografia, pois o que aqui escrevo vem dos ensinamentos de meus Guias de Umbanda, sendo assim sintam-se a vontade em contestar, criticar , observar ou acrescentar alguma coisa.

As Ervas tem muitas coisas em comum, uma delas é que sua vitalidade na parte fora da terra (folhas ou ramos folhados) que não passam de um ano humano. Logo fácil perceber que sua concentração de força deve ser densa para produzir e efetuar seu papel na Natureza.

Esta concentração de força em suas partes aéreas é que estão armazenados os segredos de muitas curas e benefícios ao homem, como também a morte e malefícios; uma vez que a natureza esta longe de sentimentalismo humano e sua energia reinante é sempre dual.

Dentro de cada erva (sem exceção) existe uma substância química capaz de produzir algo em alguma coisa (parece redundância, mas não é!). Os animais pelo instinto forte a que são dotados as usam com limitações. No entanto o homem com sua inteligência lógica aprendeu a usá-las de diversas formas.
A cicuta é um veneno poderoso, mas também é um remédio excelente! Onde está a diferença? Na dosagem e manipulação da erva. E assim é com todas, dependendo da manipulação, extraímos benefícios ou malefícios para nossa vida.

Levando isso para a Umbanda. Sempre ouvimos os Guias receitarem ervas para, banhos, defumações, chás, inalações, emplastro, mastigação, “batimento de folhas”, patuás..............
E o efeito curativo ou vibracional de cada uma destas ervas, vem sendo passado em gerações do Divino plano para o plano Humano, como também do Humano para o Humano.

Bem já sabemos agora que estas ervas tem cada uma sua função dual e quando bem manipulada ajuda o filho de fé, e também sabemos de sua capacidade de condensar suas substâncias em grande quantidade, mas por curto espaço de tempo (diferentemente das plantas de tronco lenhoso).

Logo fácil de perceber que quando retiramos a erva de sua raiz, sua substância tende a se perder mais rápido ainda, se for desidratada, mais ainda e se for fervida, mais ainda.
Então se colhermos uma erva, secá-la e ferve-la, não restará nada de sua substância benfazeja? 
Eis a questão! Dependerá de como se continuará sua manipulação.

A colheita da erva deverá obedecer uma fase lunar, se for secá-la, sempre na sombra nunca no sol, e ao ferver para o uso, sempre ferver a água e colocar a erva com algo a tampar a evaporação por 30 minutos, isso evita que grande parte das substâncias se perca na evaporação.

Esta “receita” ou “dica” é apenas para uma referência, pois vemos muita coisa sem propósito na utilização de ervas para fins mágico-terapeuta. Tais como: “ervas” compradas em caixinha, ervas sendo cozidas, quantidades indiscriminadas sendo usadas de forma aleatória, sendo colhidas fora da lua “boa” etc...

Mas então as ervas compradas nos erveiros não servem?
Sim, servem. Mas primeiro deve-se fazer um vínculo de confiança com o Erveiro a título de não comprar “erva de bicho por erva daninha”, mesmo que ele não cultive e colha de forma correta, ainda assim a Erva mantém boa parte de seu principio ativo; podendo ser perfeitamente usada na magia-terapêutica.
E as ervas desidratadas(secas). Mantém suas propriedades? Sim, mas em escala muito menor(quanto mais frescas, mais princípio ativo).

Então porque usar ervas desidratadas(secas)? Por vários motivos. Por questão de não ter acesso a ervas frescas, por ser mais fácil acondicioná-las por mais tempo e usá-las com mais “Urgência”, como também por fatores culturais. Por muito tempo a manipulação de ervas era tido como sendo Bruxaria ou coisa do gênero, sempre remetendo ao mal, com a desidratação da erva era mais fácil estocar e corria menos risco na sua manipulação; hoje não tememos por tais conceitos, mas a cultura fica impregnado por centenas de anos no inconsciente humano. 

Mas a erva seca tem o mesmo poder de cura que a erva fresca? Obviamente que não, veja o receituário dos Guias para banho por exemplo: Eles receitam um banho ou dois com ervas frescas, quando receitado com ervas secas, o mesmo banho para a mesma magia-terapêutica passa a ser de 7 banhos ou mais. 
Nota: Também é bom observar que, a quantidade de banhos irá variar para que e por que.  

Como funciona o efeito mágico-terapêutico das Ervas em nós?
Vamos simplificar para caber aqui. O corpo do ser humano é de vasta complexidade, juntando ao “corpo espiritual”, esta complexidade amplifica-se e muito. Mas com a sabedoria de alguns e do intercambio do Divino plano com o nosso plano, fomos entendendo que somos parte integrante da natureza e não donos ou senhor da mesma como alguns vivem e pensam. Partindo deste principio, fácil perceber que toda a natureza pode ser manipulada(adequadamente)para o benefício ou malefício de todo ser vivo, logicamente nós que somos parte disso. Quando nosso corpo físico e/ou o “corpo espiritual” se recente de falta ou excesso de alguma substância no equilíbrio de seu complexo sistema, podemos encontrar nas Ervas substâncias que irão recompor este complexo sistema. Como também para diversos outros fins.

Podemos usar ervas todos os dias e por qualquer motivo?
É de bom alvitre que, todo e qualquer exagero ou déficit de coisas aplicada em nosso sistema físico/espiritual, não é prudente nem tampouco eficaz no que concerne a Magia-Terapêutica.
Bom, é sempre receber o receituário de um Guia de Umbanda ou de um Zelador (a) abalizado, ou ainda de uma rezadeira (que nos grandes centros é raríssimo).

O mesmo é usar Ervas na forma de: “me disseram que é bom”.
Isso é o mesmo que usar remédio alopata sem receita profissional, como também a Homeopatia, que muitos dizem assim: “ah! é natural, se bem não fizer mal também não faz”. Isso é um erro capital, Homeopatia em erro de uso pode levar ao aumento da enfermidade e até ao óbito.  

Qual a finalidade deste texto?
Não é um receituário, mas é sempre bom o filho de pemba ter subsídios para no futuro atestar se estão sendo beneficiados ou se é mais uma vítima de equívocos......... Mauro Simões